Talvez essa mudança de paradigma necessária a uma organização em harmonia com o todo, seja um grande desafio para uma ecovila.
Fico observando a economia natural do processo da vida, e concluindo que esse sistema natural, também funciona como uma rede.
Observem como não faltam nutrientes para uma mangueira dar seus frutos.
Ela simplesmente se enche de dádivas, flores e frutos e os deixa cair maduros para alimentar quem vier..
.. e se nenhum ser dela se alimenta, suas mangas caem ao solo e brotam centenas de pés de novas mangueiras!
Isso não é lindo e generoso?
Na natureza nada se perde, tudo se transforma em mais riquezas e dádivas!!
Existem diversas correntes de novas economias sendo estudadas agora, e Frijof Capra talvez seja o autor mais conhecido a tratar das redes de economia solidária.
Vale a pena ler seus livros Conexões Ocultas e Teias da Vida como fonte de inspiração.
Podemos sim, usar o dinheiro de uma forma diferente, medindo o lucro pela capacidade de transformação das pessoas e comunidades circunvizinhas e não pelo lucro financeiro tão buscado pelas organizações e empresas no nosso mundo.
Quando trabalhamos a terra, ela nos responde, se cultivamos o dinheiro como energia pura, como provedor do bem estar e da prosperidade natural, teremos recursos para seguir adiante e construir uma nova economia.
Muitas ecovilas morrem por falta de recursos, elas não conseguem construir uma nova relação com o dinheiro e param de funcionar.
Uma das nossas fundadoras estrangeiras ajudou no passado a montar duas ecovilas.
Quando esteve aqui perguntei o que deu errado com elas, e ela prontamente respondeu; terminaram por falta de recursos, seus fundadores tinham uma visão inadequada do dinheiro, e acreditavam que poderiam viver sem ele.
Uma das razões dessa fundadora se integrar ao nosso projeto foi o nosso plano econômico auto sustentável, onde viu a possibilidade real dessa ecovila florescer.
Nosso plano econômico de construção é simples e visa a utilização de seus recursos extras no próprio projeto, em seu crescimento e sustentabilidade.
Nesse modelo, desestimulamos completamente o lucro como bem pessoal e o utilizamos na melhoria das comunidades locais.
O dinheiro é energia, e quando o desprezamos, desprezamos também uma energia poderosa de realização.
Fazer essa energia circular, crescer e proporcionar o bem das comunidades é uma solução alternativa, altruísta e nova.
Ter vários modelos que possam levar a esse resultado, e experimentá-los na prática, seria a opção mais recomendável.
Muitos novos bancos estão sendo abertos pelo mundo visando apenas o crescimento das populações pobres e sua inserção no mundo moderno e civilizado.
É possível a coexistência de uma economia solidária com os cuidados com o meio ambiente e uma vida natural.
O que não ajuda é essa irritação que notamos nos alternativos quando o assunto é dinheiro.
Há um grande equivoco nessa área que dificulta a sobrevivência das ecovilas.
Ver o dinheiro como uma energia capaz de melhorar a vida de todos e beneficiar as populações locais, e não como fim.
Ver o lucro como resultado da melhoria na qualidade de vida, em vez de um meio para alimentar nossa carência de consumo, é vital para a concretização de uma ecovila saudável.
Tanto o dinheiro quanto a energia são neutros, nós humanos é quem damos a ele a qualificação de bem ou mal, tudo depende de como e com que finalidade aplicamos essa energia.
Ely Britto
Idealizadora da Ecovila Viver Simples
Instrutora Sênior de Alquimia Interna Taoista
Pesquisadora do I Ching
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