A única maneira de conhecer esse “eu” verdadeiro é através de uma pesquisa consciente.
A maioria das pessoas não tem tempo para isso.
Ou eu deveria dizer que elas não criam tempo para isso?
Essa é a beleza do tempo: você pode criá-lo.
Durante minha pesquisa, descobri quatro coisas que são de importância vital.
A primeira é o silêncio. A segunda é o relacionamento comigo mesma. A terceira é o relacionamento com o Supremo e finalmente vem meu relacionamento com aqueles que estão à minha volta.
É realmente importante pensar nelas nessa ordem. Nós normalmente as abordamos numa ordem diferente.
Estamos muito conscientes sobre os relacionamentos que temos com os outros, alguns de nós pensam sobre Deus, poucos pensam no seu eu interior e dificilmente alguém tem um relacionamento com o silêncio.
Antes de começar a meditar – há uns 25 anos – eu não considerava muito o silêncio em minha lista de prioridades.
Não tinha uma ideia clara do que ele realmente era.
Eu era viciada em trabalho, e pessoas assim não desperdiçam tempo em hobbies fúteis como o silêncio.
Minha vida era ativa, dinâmica.
E era assim na família também.
Depois de divorciar-se, minha mãe contou-me, porque ela sempre esteve tão incrivelmente ocupada.
Ela literalmente esteve fugindo da dor que sentia por causa do seu casamento não preenchedor.
Isso me despertou para o fato de que o trabalho pode ser apenas outro vício, um modo de encobrir a dor, um modo de evitar as coisas com as quais não sabemos lidar.
Então, essa é a maneira como fui criada: nunca parando, nunca sendo, sempre fazendo.
Minha jornada interior começou com o desejo de quebrar esse ciclo vicioso de ficar dando voltas; tentando “simplesmente ser” para mudar um pouco.
Os primeiros anos na meditação não foram fáceis.
Achei difícil relaxar e não conseguia sentar-me em silêncio.
Minha mente criativa continuava correndo.
Foi realmente meu corpo que veio para me salvar e forçou-me a sentar – ou em outras palavras – silenciar-me.
Lentamente, mas definitivamente, minha mente aceitou-se derrotada e enquanto a bandeira branca estava sendo hasteada, o silêncio entrou.
Leva tempo acostumar-se a estar em silêncio e não fazer “nada”.
Leão ou ovelha – Convivendo Comigo
O Eu verdadeiro
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Meditação e liberdade
Perdoe a si mesmo
Relacionamentos verdadeiros começam com silêncio
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Jacqueline Berg, escritora e autora, é diretora da Brahma Kumaris na Holanda.
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Fonte: Brahma Kumaris