Mas se você é uma pessoa comum de meia idade, o futuro das aposentadorias deveria estar no topo das suas preocupações.
O sistema previdenciário é sustentado pela massa de contribuintes, ou seja, as pessoas que estão trabalhando hoje pagam o INSS e parte desse valor é destinado para pagar sua aposentadoria.
Sempre foi assim, gerações mais jovens sustentam a aposentadoria dos mais velhos, em um ciclo contínuo que deveria ser sustentável e infinito.
Acontece que após a reforma da CLT no governo Temer (2016), com aprofundamento nos governos Bolsonaro (2018) e Lula (2022), essa base está seriamente ameaçada.
Os empregos hoje em dia são marcados por salários baixos e carga horária elevada, sem carteira assinada (informalidade ou pejotização) e sem estabilidade.
Muitos jovens não acreditam em aposentadoria (para si mesmos) e não contribuem para o INSS (na maioria das vezes nem podem).
Isso significa que vai faltar dinheiro (pelo menos dessa fonte) para pagar a sua aposentadoria.
Talvez já aprovem agora nesse governo Lula (ou deixem para próximo, provavelmente Tarcísio) a tarefa de desvincular o salário mínimo (que já é defasado).
A tendência é algo parecido com as aposentadorias no Chile, 90% ganha menos que o equivalente a R$ 1 mil, a maioria não dá nem pra fazer 1 compra do mês no supermercado.
E aí, o que vai ser?
Uma geração de velhos recebendo uma miséria de aposentadoria junto com uma de jovens desempregados (ou se matando de trabalhar na informalidade).
O problema taí, qual a solução?
Bem, você pode lutar e mudar o governo, mas vejo essa alternativa como algo cada vez mais distante..
.. ou apostar em projetos coletivos que amenizem o impacto.
Clubes, associações, chácaras com produção rural (horti, peixes, frangos, etc)..
.. é preciso formar agrupamentos e discutir alternativas.
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