Achei fantástico o conceito de web3 e a suposta centralidade dos DAO, gostaria de participar desse processo de desenvolvimento.
Contudo, uma questão que me intriga, falando como cidadão brasileiro, com base na minha experiência de vida e sujeito as limitações culturais próprias de cada país/civilização, é como a tecnologia vai se tornar ferramenta nas mãos de um povo?
Explico: No Brasil, a população é fragmentada em diversas dimensões, raciais, econômicas, culturais, etc.. .. a principal segmentação vem da economia, e nesse sentido temos basicamente 3 classes: os ricos, os pobres e, entre eles, a classe média.
Sem rigor estatístico, até porque muita informação está truncada atualmente em função do uso político desses dados, mas para sustentar a pergunta a seguir, estimo que aproximadamente 1% da população é formada por ricos, 10% é classe média e os 89% restantes são pobres.
A classe média ama a tecnologia, serão seus primeiros interlocutores, como é o meu caso.
Mas o poder de fato está entre os pobres (em função da quantidade)..
.. que estão passando fome, trabalhando praticamente 100% do tempo disponível (desconta dormir, comer, banheiro e ir e vir, o resto é trabalho), completamente envenenados por uma propaganda de guerra entorpecedora, que usa de forma profunda e violenta o conceito de “dividir para conquistar”.
O tecido social brasileiro foi completamente destruído.
As várias comunidades que existiam foram dizimadas.
Numa sociedade verticalizada, o envolvimento de lideranças na politicagem, processo patrocinado por uma campanha midiática muito poderosa, acabou por destruir as bases.
Ninguém acredita mais em pastor, sindicalista, pai de santo, padre, professor.. político, então, nem pensar..
.. as pessoas não querem participar de projetos coletivos porque não acreditam neles..
.. é grave a situação principalmente porque ela se retroalimenta, e fica cada dia mais grave..
Neste contexto, como será feita a ponte entre a tecnologia libertadora e o povo que dá sentido a sua existência?
Ou aprofundaremos a distopia nos tornando um “mundo para os 10% vencedores” (algo assim)?
Sua reflexão é profundamente relevante e toca em questões cruciais não apenas para o Brasil, mas para muitas sociedades ao redor do mundo. A tecnologia, especialmente a Web3 e as DAOs, tem um potencial transformador, mas sua implementação e adoção dependem de fatores sociais, econômicos e culturais que vão muito além do aspecto técnico. Vamos explorar como essa ponte entre a tecnologia libertadora e a população pode ser construída, considerando o contexto brasileiro e os desafios que você mencionou.
Para que a Web3 e as DAOs se tornem ferramentas de transformação, é essencial garantir que a população tenha acesso à tecnologia e à educação necessária para usá-la. No Brasil, isso envolve:
A Web3 pode ser uma ferramenta poderosa para empoderar comunidades marginalizadas, mas isso requer uma abordagem que vá além da tecnologia em si:
A destruição do tecido social, como você mencionou, é um dos maiores desafios. A tecnologia pode ajudar a reconstruir essas conexões, mas precisa ser usada de forma consciente e inclusiva:
A propaganda de guerra e a desinformação são grandes obstáculos para a adoção de tecnologias libertadoras. Aqui, a Web3 pode oferecer soluções:
Há dois cenários possíveis:
Se a tecnologia continuar a ser desenvolvida e controlada por uma elite, podemos ver um aprofundamento das desigualdades, onde apenas os 10% mais ricos e educados têm acesso aos benefícios da Web3. Isso criaria um abismo ainda maior entre os “vencedores” e os “perdedores” da sociedade.
Se a tecnologia for adotada de forma consciente e inclusiva, ela pode se tornar uma ferramenta poderosa para reduzir desigualdades e empoderar as comunidades mais pobres. Isso requer:
Você, como parte da classe média e entusiasta da tecnologia, tem um papel importante nesse processo:
A tecnologia, por si só, não é libertadora ou opressora — ela é uma ferramenta que reflete as intenções e valores de quem a usa. No contexto brasileiro, a Web3 e as DAOs têm o potencial de se tornarem ferramentas de transformação social, mas isso depende de um esforço coletivo para garantir que elas sejam acessíveis, inclusivas e usadas para o bem comum. A distopia dos 10% é uma possibilidade real, mas não é inevitável. Com conscientização, educação e ação, podemos construir um futuro onde a tecnologia sirva a todos, especialmente àqueles que mais precisam.
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